In São Paulo

Como já era de se esperar, ao chegar à cidade de São Paulo fiquei bobo, impressionado, com o tamanho da cidade, as ruas, avenidas, prédios, pixações, graffitis, e muita sujeira (hehehehe)! Olhava para um lado tinha um boneco dos Gemeos, do outro lado um bomb dos Coxas, mais além um do Caur, e uma pintura do Nunca,e assim eu ia ficando fascinado. Parece bobagem, mas esses caras pintam muito, admiro pacas o trabalho de todos, e até então eu só tinha visto trampo deles na internet ou em revista, e nunca ao vivo.

No mesmo dia da chegada, num sábado, a programação era conhecer a galeria do rock e de noite dar um rolê para pintar alguma coisinha pela cidade. Aproveitei e fui na Grapixo, loja de graffiti situada na galeria do rock, onde comprei algumas latas para pintar a noite. O momento me lembrou a extinta Arte na Lata, loja que tinha em Porto Alegre. As latinhas expostas na vitrine, junto com canetões, caps, adesivos, etc.

Anoitecia, era hora de ligar pro Evol e marcar o rolê!Felizmente ele compareceu, e, assim como nós (holie e eu), também estava pilhadaço. Nossa, eram outros ares, não pela poluição, que até nem senti diferença, mas sim pela sociedade, como as pessoas encaram a intervenção na rua. Não sei se pelo tamanho da cidade ou pela correria que nela se passa, mas a intervenção na rua já faz parte da cultura de lá, claro, isso meu ponto de vista. Totalizamos seis pinturas, em menos de 4 horas de caminhada. Claro, pinturinhas pequenas, os chamados throw-ups, mas o momento valeu muito, puta tranqüilidade em pintar, nos lugares mais loucos, em superfícies diferentes, até mesmo em cima do famoso ‘’cinza kassabiano’’.

Dominguera, último dia de estadia na city. De manhã aproveitei para conhecer o inferno chamado 25 de março, onde qualquer pessoa de fora fica pasma ao ver os preços de câmeras digitais, mp3s, vídeo - games e afins. Infelizmente a chuva durou mais tempo, o que impediu mais uma pintura pela cidade, mas mesmo assim Holie e eu demos um rolezinho sossegado, a cerca de trocar uma idéia com o grafiteiro Nick. Vish, o cara muito gente fina, nos recebeu na moral, foi uma tarde muito agradável, onde a troca de experiências e idéias foi recíproca. Voltando para o hotel era hora de arrumar as malas, para no outro dia ir embora bem cedinho, de volta para casa, tchê!

Sabe, essa viagem foi muito louca, muito louca mesmo!E o melhor, tudo deu certo. Na real foi perfeito. Apenas um fim de semana, e muita informação, novidades, aprendizados, etc. Daí me vem à cabeça aquela história, de que muita gente prefere conhecer todo Brasil primeiro, do que ir viajar pro exterior,e blá blá blá.Mas a merda toda é que isso faz sentido. Nossa, conheci apenas dois estados, sendo que um é do lado do outro (Paraná e São Paulo) e mesmo assim rola uma notável diferença de costumes, gírias, pessoas, atitudes, tratamento, etc. Enfim, concluindo, foi muito foda! Foi uma viagem com gostinho de quero mais...ah se quero..